Em ação
conjunta realizada pelo Grupo Especial de Fiscal Móvel da Superintendência
Regional do Trabalho em Mato Grosso (SRTE/MT) e Ministério Público do Trabalho
com apoio de policiais do grupo de operações especiais, foram resgatados 12
trabalhadores que trabalhavam em condições degradantes de trabalho, de saúde e
de vida estavam, o que caracteriza condições análogas as de escravo. Os
trabalhadores, que segundo os auditores fiscais estavam em condições subumanas,
foram encontrados em uma fazenda de pecuária na zona rural de Castanheira
(MT), a aproximadamente 800 km da capital.
Segundo o coordenador do grupo de fiscalização a fazenda possui
cerca de 8.000 cabeças de gado e os empregados haviam sido contratados pelo
filho do fazendeiro por meio de um “gato“ para fazer o roçado de pasto e
aplicação de agrotóxico, o quae foi realizado sem capacitação e vestimentas
adequadas.
Os trabalhadores eram alojados em barracos de lona em meio ao
mato, estavam sem a carteira assinada e não realizaram exames médicos. A água
para beber, preparar refeições e tomar banho era retirada de um córrego e não
passava por qualquer sistema de tratamento. O local não possuía instalações
sanitárias, o que obrigava os trabalhadores a realizarem suas necessidades
fisiológicas no mato. Os empregados não dispunham de equipamento de segurança
individual.
A ação foi Coordenada pelo auditor Gerson Antonio
Delgado , com apoio do procurador do Trabalho José Pedro dos Reis,
e, em conjunto firmaram um acordo de dano moral individual com o
fazendeiro, o qual, somado ao pagamento das verbas rescisórias,
totalizaram um valor aproximado de 70.000 Reais. No total, foram lavrados 22
autos de infração.
Acordo complementar para inibir as demais práticas de tais atos
ilícitos contra trabalhadores poderá ser firmado na próxima semana na
Procuradoria Regional do Trabalho de Sinop-MT, conforme acertado com o
fazendeiro, caso contrário, será ajuizada ação civil pública visando
proteger os direitos sociais afetados com os atos cometidos pelo
fazendeiro.
No barraco do responsável pelos
empregados foi encontrada uma espingarda que foi recolhida pelos policiais e
encaminhada para a Delegacia de Juína-MT.
Após a regularização dos direitos trabalhistas, os trabalhadores foram abordados e cadastrados no Projeto Ação Integrada, desenvolvido pelo Ministério do Trabalho e outros órgãos como Ministério Público do Trabalho e Universidade Federal de Mato Grosso), que visa a qualificação e reinserção de trabalhadores egressos do Trabalho Análogo a Escravo. A ação iniciada em 24 de maio encerrou-se nesta sexta feira.
Após a regularização dos direitos trabalhistas, os trabalhadores foram abordados e cadastrados no Projeto Ação Integrada, desenvolvido pelo Ministério do Trabalho e outros órgãos como Ministério Público do Trabalho e Universidade Federal de Mato Grosso), que visa a qualificação e reinserção de trabalhadores egressos do Trabalho Análogo a Escravo. A ação iniciada em 24 de maio encerrou-se nesta sexta feira.
Fonte: MTE